domingo, 29 de novembro de 2009

Cabral põe a saúde pública em risco: nem água que a gente bebe escapa do caos

O Rio de janeiro vem experimentando um colapso absoluto do seu sistema de serviços públicos. Qualquer cidadão, por menos atento que seja, pode observar o caos estabelecido em termos de energia elétrica – Light, trens urbanos – Supervia, metrô e transportes em geral, além de outros serviços essenciais à população. Se repararmos bem só há uma coisa em comum em todos estes sistemas: as empresas que os operam foram, todas, privatizadas na década passada.
Quando um serviço público, qualquer que seja, opera única e exclusivamente sob a ótica do lucro, ocorre o que estamos assistindo. O caos.
Em todas essas operadoras- Light, Ampla, Supervia, Metrô, etc- técnicos altamente qualificados foram substituídos por mão de obra terceirizada, inevitavelmente menos remunerada e completamente despreparada sob o ponto de vista profissional para o exercício de atividades tão importantes para a população do Rio de janeiro.
Baseados nesses fatos, e em outros que vem ocorrendo sem qualquer divulgação por parte da imprensa, podemos dizer que a Cedae será a próxima vítima da ganância exacerbada de nossos dirigentes.  
A Companhia Estadual de águas e esgoto vem passando por um processo estarrecedor de desestruturação interna. Nos últimos anos os melhores quadros técnicos da Cia foram afastados de suas funções para dar lugar à apadrinhados de poderosos políticos, tornando acéfalas algumas de suas atividades principais.
A área de marketing, por exemplo, é controlada por uma pessoa alheia aos quadros da Cia, porém, intimamente ligada a uma bem articulada jornalista do JB.
Com a área jurídica ocorre o mesmo. Quem manda é um procurador do Estado que, ao arrepio da lei, acumula o cargo de “assessor” jurídico da Cedae.
Na área de produção, responsável pela qualidade da água que bebemos, a situação pode ser considerada arrepiante, pois, apesar de esta ser controlada por um funcionário da Cedae, o nível de subordinação ao poder estabelecido é tão gritante que nem mesmo problemas fundamentais são combatidos.



Para se ter uma idéia, em qualquer região civilizada do planeta, a água que abastece a população é tida como algo importantíssimo. Geralmente os reservatórios de água são as intalações mais bem guardadas de qualquer sociedade responsável. No Rio de janeiro, entretanto, ocorre exatamente o contrário.




A água que o povo do Rio de janeiro bebe tem servido recreação para adultos e crianças no meio do caminho, entre a produção e o consumo.




Publicamos aqui algumas fotos que provam esse desrespeito para com a população do Rio.

As imagens são da represa de Xerém, em Duque de Caxias. O hábito privatista da atual direção da Cedae – para a qual o lucro financeiro é anterior e mais importante que a saúde e o bem estar da população – fez com que os guardas responsáveis pela preservação da represa fossem demitidos e os próprios funcionários da Cedae são impedidos de exercer qualquer autoridade sobre os visitantes.




O resultado direto disso, como você poderá comprovar nas fotos tiradas por um cedaeano triste e indignado, é que a água, antes de ser servida à população, vem sendo usada para banho, lazer e, muito provavelmente, até como banheiro dentro da própria represa.

 Sabemos que a imprensa carioca é muda graças aos muitos “investimentos” de Cabral com puvlicidade, mas nada nos impede de, como cidadãos, reagir a este absurdo. Todos dependemos da água que a Cedae produz e não podemos permitir que o desleixo com a empresa pública mais importante do Estado do Rio de janeiro chegue a tal ponto. Denuncie, publique e reaja. Essa causa é de todos nós.

3 comentários:

  1. É hora da municipalização:

    Na audiência pública realizada na Câmara de Caixas na semana passada, sobre a falta de água em Duque de Caxias, muitos vereadores disseram publicamente favoráveis à municipalização do abastecimento na cidade, tirando a Cedae de jogada, como já é em algumas cidades do Estado, e a prefeitura assumindo os trabalho.
    Taí uma proposta que pode ser discutida com profundidade pela população, com intermediação da própria câmara, da prefeitura e de outros órgãos do poder público, inclusive do judiciário.
    O que não pode é continuar como está.

    Geraldo

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  2. Geraldo,

    Duque de Caxias não produz nem 20% da água que utiliza. Na verdade, a municipalização seria apenas uma forma de enriquecer alguns políticos com as negociações em torno de concessões.
    O que se precisa fazer é resolver o problema e não inventar fórmulas frágeis e mirabolantes.

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  3. Junte-se a nós! Assine nosso abaixo-assinado contra a abusiva taxa de iluminação!

    http://taxanao.blogspot.com/

    vídeo do EDUARDO PAES QUANDO CANDIDATO DIZENDO QUE NÃO VAI AUMENTAR OS IMPOSTOS

    http://www.youtube.com/watch?v=Wh87pucivlo

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